REFLETINDO COM DALAI...

Perguntaram ao Dalai Lama: "O que mais te surpreende na Humanidade?"

E ele respondeu:" Os homens...porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente, de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro.
E vivem como se nunca fossem morrer...e morrem como se nunca tivessem vivido.

O Poder da Perspectiva

Li recentemente em um livro sobre PNL uma piada que traduz bem o tema de hoje.

Um homem está apavorado, correndo de um tigre feroz que está no seu encalço.

Quando finalmente o tigre o alcança e está prestes a comer o homem, este se vira e pergunta: “Mas por que você insiste tanto em me perseguir?”

O tigre responde com outra pergunta: “ E por que você insiste em ser tão apetitoso?”

Este é o poder da perspectiva. Em toda e qualquer situação de nossa vida existe sempre mais de uma maneira de perceber o problema.

Durante toda a vida, a partir do momento da concepção até o momento atual, nossa mente absorve os estímulos do mundo externo pelos cinco sentidos (visão, audição, tato, paladar, gustação e olfato) e armazena cada imagem, som, palavras e sensações do mundo em que vivemos.

No dia-a-dia somos bombardeados mentalmente com milhares de informações ao mesmo tempo e nossos sentidos precisam cumprir seu papel absorvendo tudo, inndiscriminadamente.Para manter a sanidade, a mente filtra o conteúdo captado através de nossas crenças, valores, memórias e sentimentos processando apenas uma pequena parcela do conteúdo arrecadado de forma consciente. Ou seja, estes filtros deletam, distorcem e generalizam os dados direcionando assim o conteúdo final.

A partir disso criamos uma representação/imagem de cada experiência. E com elas geramos um mapa mental próprio, particular, específico contendo todo o conhecimento, aprendizados, vivências e experiências que irá orientar nossas escolhas e comportamentos por toda a vida.

Portanto, o arquivo mental de cada pessoa é sempre, ouçam bem, SEMPRE, diferente. Pensem bem: se eu falar sobre um assunto qualquer com vocês, vejamos, flores. Eu imagino que neste momento cada pessoa que lê este artigo saiba o que significa flor mas a mente de cada um irá gerar uma imagem diferente de flor...pensem na imensa gama de possibilidades de representação de flor.

Fica fácil perceber que cada ser reage de forma única e individual as diversas experiências vividas pois usa o seu mapa mental individual para viver o mundo.

Uma mesma experiência é assimilada por cada pessoa em diferentes aspectos. Um fato nunca será interpretado de forma igual por duas pessoas.

É importante considerar que o mapa obtido não é a realidade como ela se apresenta e sim a representação da realidade feita por alguém a partir das suas impressões.

Isso poderá ajudar a entender que as pessoas reagem não à minha realidade, mas a partir da representação que têm dentro da sua própria mente.

Segundo o filósofo Epíteto, “não são as coisas que levam o homem ao sofrimento, mas a interpretação que o homem faz dessas coisas”.

O conflito acontece quando formamos expectativas sobre os acontecimentos, pessoas e circunstâncias e acreditamos que o outro tem obrigação de entender o mundo como nós, de perceber a “realidade” e, obviamente, aceitar o nosso desejo.

E ainda mais complexo: quando optamos por julgar o outro baseado em nosso próprio mapa. Imaginamos saber como o outro está pensando em determinado contexto. Isso nos leva a conclusões errôneas e desastrosas do comportamento alheio.

E, evidentemente, quando as coisas acontecem diferente do que previmos, ficamos frustrados e furiosos por isso.

A PNL explica isso com simplicidade e objetividade e quando compreendido, contribui para solucionar desde os conflitos mais simples nos relacionamentos, como também os problemas mais trabalhosos na vida em geral.

Pois todo problema tem solução. E nem sempre a nossa perspectiva traduz esta solução. Então, diante de um problema, já que verificamos que nossa mente não apresenta uma opção, por que não tentamos entender a perspectiva do outro e, quem sabe, através dela encontrar a solução necessária?

Acredito que as pessoas que vivem mais conectadas, buscando experiências e aprendizados cada vez maiores, têm um mapa mais rico.

Aquelas que buscam enriquecer seu mapa, inserindo sempre informações mais abrangentes obterão como resultado um mapa mais flexível, mais positivo da vida e consequentemente serão mais felizes.

“O mais importante é não parar de questionar. A curiosidade tem sua própria razão de ser. Não podemos fazer nada senão contemplar extasiados os mistérios da eternidade, da vida, da maravilhosa estrutura da realidade. É mais que suficiente tentarmos simplesmente compreender um pouco desse mistério a cada dia. Nunca perca a sagrada curiosidade”.

(Albert Einstein)

TODA A PAZ DO UNIVERSO!

Queridos amigos!

No último dia 06 de junho, domingo, eu completei mais um ano de vida. Fiz 47 anos!!!! Adoro fazer aniversário.

Para celebrar fui para um lugar lindo chamado São Pedro da Serra e é sobre este lugar de sonhos que quero comentar hoje.

São Pedro é um lugarejo, bucólico e acolhedor, próximo de Lumiar, Distrito de Nova Friburgo.

A cidadezinha tem uma única rua, compriiiida, ao longo da qual se vêem pequenos restaurantes e lojinhas, sempre muito simpáticos e convidativos.

Fiquei hospedada em uma “pousadinha-casa-da-gente” chamada Canto Nosso. O nome faz jus à hospitalidade e simpatia dos proprietários (e agora meus amigos!) Rogério e Fabiana.

A pousada é composta por dois corredores de quartos, pequenos e coloridos, com varandinhas onde redes indolentes nos convidam a sentar e observar a natureza, que se apresenta em tufos de flores coloridas em um jardim bem cuidado.

Do telhado das varandas pendem flores pequeninas de um vermelho vivo. É um lugar simples mas cheio de charme, onde se percebe o carinho dos donos em nos receber.

O café-da-manhã delicioso é recheado de chocolates, sucos, bolinhos e coisas boas assim.

Para completar a hospitalidade fomos recebidas por dois fofos chamados Wagner e Tiago e pela fiel-escudeira Zenilda. Eles três comandam a cozinha e a recepção com a competência e o acolhimento de uma família feliz.

Para se ter uma idéia da vibração serena e acolhedora deste lugar, vale comentar alguns episódios:

Era tardinha, algo como 16 horas, estávamos retornando de um dia de comprinhas e comidinhas gostosas, fomos recebidas por Rogério e Fabiana no salão com café e bolo de banana, quentinhos e feitos para conquistar nosso coração.
Ficamos por ali, jogando conversa fora quando, de repente, entra no lugar um rapaz, relativamente jovem, com ar cansado e olhar suplicante, perguntando se havia quartos vagos.

É importante lembrar que era um final de semana de feriado, Corpus Christi, e a pousada estava lotada.

Quando Fabiana viu o tal rapaz, olhou com carinho e depois de informar sobre a lotação correu para o telefone e contatou diversas outras pousadas até que finalmente voltou com a noticia de que outra pousada tinha vaga e que ele devia correr para pegar o lugar.

Ele saiu de lá, com um cafezinho em uma mão, um pedacinho de bolo de banana na outra e o coração agradecido pelo carinho que recebeu.

E este fato não acontece apenas ali, nesta pousada. A impressão que tive foi que São Pedro da Serra atrai para si pessoas com este nível de consciência, em que o humano vale mais do que tudo.

Vamos continuar nosso tour.

Conhecemos o SEBASTIANA, um restaurante pequenino, com apenas 5 mesas, onde fomos recebidas na porta por Priscila, dona do local, cujo chefe de cozinha é Jaime, marido dela.

Cardápio escolhido: risoto de funghi com tomate seco e filé de truta com molho de raiz forte e batata rostie. De sobremesa: banana-da-terra frita com sorvete de creme.

A comida do céu, a sobremesa, obscenamente deliciosa. A simpatia de Priscila contagia os visitantes e em poucos minutos todo mundo se conhece. Ela entabulou conversa com um casal de outra mesa e quando percebemos estávamos todos conversando, juntos!

Outra oportunidade: visitamos uma loja chamada Ecoarte. Conversando com Zelda, dona do lugar, ela me contou sua história.

Vivia em uma capital, envolvida na loucura que se propõe a quem vive em lugares grandes. Um dia leu um livro de ficção ambientando em Nova Iorque (nada mais estressante!) em que o dono de uma loja de temperos recebe visitantes e com sua intuição apurada consegue indicar para cada pessoa o tempero ou chá que será útil ao seu caso. Para um tristonho indica uma erva para gerar alegria, para um inconformado outra para proporcionar força e assim por diante.

Depois de ler o livro, Zelda decidiu abrir uma loja semelhante. Foi para São Pedro e criou a Ecoarte. Uma grande mistura de cores e formas, onde livros, cd´s, bonecas de pano, roupas, bijuterias, incensos, doces, canecas, enfim, centenas de coisas coabitam em harmonia.

Ao entrar ali o visitante encontra sempre algo que lhe trará uma mensagem e um ensinamento. E tudo ouvindo música de qualidade e conversando com ela própria, Zelda, com seu sorriso enorme, sorriso de quem encontrou sua missão de vida. Sorriso de quem é feliz.

Isso acontece com freqüência em São Pedro, já que esta é a vibração local, hospitalidade.

Assim é o clima neste lugar mágico que escolhi para celebrar meu aniversário.

Recomendo a quem desejar encontrar paz, sossego, reequilíbrio interno e alegria, que visite São Pedro, onde o tempo passa mais devagar e a vida tem mais sabor.