17 julho 2011
CONTRIBUIÇÃO PARA A PAZ...
Contribuo para a Paz quando me esforço para manifestar o melhor de mim em meus relacionamentos com os outros.
Contribuo para a Paz quando uso minha inteligência e minhas aptidões a serviço do Bem.
Contribuo para a Paz quando sinto compaixão pelos que sofrem.
Contribuo para a Paz quando tenho consideração por todos os seres humanos, independente de raça, cultura ou religião.
Contribuo para a Paz quando fico feliz com a felicidade dos outros e rezo pelo seu bem estar.
Contribuo para a Paz z quando ouço com tolerância as opiniões que diferem das minhas ou que são contrárias a elas.
Contribuo para a Paz quando recorro ao diálogo em vez da força para dissipar qualquer conflito.
Contribuo para a Paz quando respeito a Natureza e a preservo para as futuras gerações.
Contribuo para a Paz quando não procuro impor aos outros o meu conceito de Deus.
Contribuo para a Paz quando faço da Paz o alicerce dos meus ideais e da minha filosofia.
Texto da Ordem Rosacruz
UMA HERANÇA ESPECIAL
Foi publicado na Revista Época, um artigo muito bom, de Eliane Brum, jornalista, onde ela descreve de forma muito honesta o despreparo das novas gerações para enfrentar a vida e as frustrações. A reportagem pode ser lida em http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI247981-15230,00-MEU+FILHO+VOCE+NAO+MERECE+NADA.html
Vejo bastante em consultório. Pessoas que por não conhecerem o mecanismo da frustração, não sabem lidar com a sensação. Então sentem medo do desconhecido e evitam ao máximo o aprendizado.
É fato que nós, humanos, tendemos a fugir da dor e buscar o prazer. Mas aprender a enfrentar a frustração é um passo essencial para ser-no-mundo.
Há uma frase de Carlos Drummond de Andrade, em seu poema Definitivo, que diz "a dor é inevitável mas o sofrimento é opcional".
Portanto, evitar a frustração e a dor que a acompanha é uma tarefa impossível pois, de uma forma ou de outra, ela virá. Só há um caminho para enfrentar a dor : entender seus mecanismos e aprender a lidar com ela. O mesmo vale para a frustração.
Minha percepção é de que esta incapacidade identificada pela autora, de saber enfrentar a frustração, é um reflexo imediato do mundo moderno.
Vivemos em uma época onde o a propaganda descabida e o consumismo exagerado vendem coisas demais o que se reflete diretamente na renda familiar, muitas vezes exigindo que ambos os pais trabalhem.
Há ainda uma postura quanto a importância da carreira e do crescimento profissional, adotado por muitos adultos que tem filhos, que os afasta naturalmente do lar. O tempo não aumenta. Ou estamos em casa ou no trabalho.
Além disso, hoje as separações fazem parte do cotidiano de muitas famílias onde o adulto que fica com as crianças, seja a mãe ou o pai, tem que garantir a manutenção da casa.
Todas estas situações comprometeram bastante a qualidade do aprendizado cotidiano, aquele onde nos são transmitidos os valores da família.
Isso acontece porque a medida que os pais se viram forçados a sair de casa para trabalhar os filhos ficaram solitários. Por conta disso, deixaram de receber a atenção e as informações necessárias para seu crescimento adequado, que receberiam com a presença deles, os pais. Informações que deveriam vir deles e não de babás, empregadas, "tias" da creche e coisas assim.
Isso foi inconscientemente percebido pelos pais, claro. Então, na tentativa de eliminarem a culpa que sentiam, por esta ausência "compulsória", os pais desenvolveram a ideia equivocada de que já que a solidão era "inevitável", o sustento material serviria como ressarcimento aos filhos. E passaram a criar em suas próprias mentes esquemas garantidores de uma paraíso terreno, onde computadores, roupas de marca, alimentos que não alimentam e diversão seriam oferecidos no altar da infância adulterada dos filhos. O NÃO deixou de existir e o TUDO virou parte do sistema. Sem normas, sem valores, sem limites.
O que os pais não sabiam (e não sei se mudaria algo se soubessem) é que nada disso sanaria os efeitos devastadores de sua ausência. Nem de sua culpa.
Nem poderiam imaginar os resultados desastrosos desse " mundo perfeito" que geraria nas crianças a crença infeliz de garantia de felicidade, sem esforço nem custo. E os faria descrer em palavras como responsabilidade e comprometimento.
Agora os pais, que "batalharam" para não frustrar seus filhos sofrem a maldição que lançaram. Sofrem a frustração de verem seus filhos crescidos mas imaturos. E para evitar novamente a dor, afinal também são humanos, eles exigem dos filhos que se comportem como adultos, que apresentem o "milagre" de uma conduta madura, o que só seria possível caso eles (os filhos) tivessem sido orientados e desenvolvidos lá atrás, na infância.
Mas...sempre é tempo de aprender. Então, está na hora dos pais aprenderem, eles mesmo, a enfrentar sua culpa e buscarem identificar juntos o que ainda falta aprender e ambos, pais e filhos, se unirem no aprendizado comum.
Eu creio nisso.
Beijo carinhoso!
Assinar:
Postagens (Atom)