A liberdade é uma condição interior.
Ela não depende exclusivamente dos fatores externos, mas também da capacidade de expor os pontos de vista, realizar aquilo de que temos vontade e usar o direito de escolha, permitindo-nos a qualquer instante mudar o curso de nossa vida em busca de algo melhor.
Todos somos livres para escolher aquilo que melhor nos convém. Ninguém tira nossa liberdade, somos nós que nos aprisionamos às pessoas ou situações.
Nada nem ninguém tem poder suficiente para dominar nossos pensamentos, mantendo-nos ligados a uma situação; somos nós que não conseguimos nos libertar.
Quando algo não anda bem, é preciso ter o desprendimento necessário para se renovar, experimentar as opções que a vida oferece e determinar novas direções para nossa existência.
Muitas vezes ficamos tão saturados com as situações que nos rodeiam, que num primeiro momento queremos romper com tudo, achando que somente assim nos libertaremos dos emaranhados.
Ser livre não significa adotar medidas radicais e inconsequentes.
Geralmente, o simples fato de mudarmos o foco da situação já é suficiente para amenizar o desconforto causado pelos desafios que a realidade nos impõe.
Podemos nos sentir totalmente livres, em pleno exercício da atividade do cotidiano e no cumprimento dos compromissos que assumimos na vida, desempenhando nossas funções com prazer e alegria.
É preciso sentir-se bem com o próprio jeito de ser, não depender somente daquilo que realizamos.
Nossa satisfação não deve restringir-se a certas atividades; é necessário manter o desembaraço em tudo que realizamos, para ter prazer naquilo que fazemos.
Pela consideração ao outro, muitas vezes desrespeitamos nossas vontades, ultrapassando os limites da dedicação.
Essa espécie de teias da convivência representa uma das principais ameaças da liberdade, prejudicando a felicidade.
Perdemos a liberdade quando nos apegamos aos outros. Os conceitos e valores que adotamos ao longo da vida também reprimem nossa espontaneidade e sufocam a originalidade.
Para conquistar isso, precisamos abandonar os condicionamentos, ser menos criteriosos e não valorizar tanto aquilo que não deu certo; procurar a todo instante ser quem verdadeiramente somos, e não exatamente aquilo em que nos tomamos, com os papéis sociais que assumimos; resgatar a Essência e liberar as vontades, para sair em busca das possibilidades de uma vida melhor.
Fragmento do livro Metafisica da Saúde 3 - Gasparetto
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