17 novembro 2015

AS DORES DA ALMA - por Mestre Hammed



Amados!!

Vivemos em um planeta escola cuja principal finalidade é ampliação de consciência daqueles que recebem a sublime oportunidade de aqui reencarnar.

Nos diversos contextos aos quais estamos inseridos em nossa jornada terrena encontramos inúmeras oportunidades  e diversos instrumentos para a prática em busca de nosso pleno desenvolvimento. 

O veículo mais importante e potente para este fim são as emoções, ferramentas que ao mesmo tempo que nos desafiam, nos permitem desenvolver nosso potencial ou força interior. 

No livro As Dores da Alma, psicografado pelo médium Francisco do Espírito Santo Neto, o autor espiritual Mestre Hammed, nos convida a reflexões lindas e profundas sobre as diversas emoções existentes no Homem.

Com uma redação didática e esclarecedora, cada capítulo refere-se a uma das emoções com as quais o Homem encarnado tem que lidar em seu processo evolutivo, indicando seus desajustes e sugerindo caminhos claros para que, através do autoconhecimento, possamos obter mais harmonia no desempenho de nossa tarefa.

Resolvi escrever este artigo tamanho foi meu aprendizado. Impossível não se identificar com as considerações feitas pelo benfeitor espiritual.

Entre todas as emoções incluídas escolhi apenas quatro e tirei pequenos fragmentos do texto para dar a vocês uma noção da profundidade da leitura.

Desejo que todos possam se beneficiar deste pequeno resumo e convido-os a lerem o texto integral, vale muito a pena.

Envio a todos meu abraço fraterno.

Paz e luz!

                                                         ***-***
ORGULHO

Os indivíduos portadores de uma personalidade orgulhosa se apoiam em um principio de total submissão as regras e costumes sociais, bem como os defendem energicamente.

Quase sempre se autodenominam “bem intencionados” e sustentam uma aura de pessoas delicadas, evoluídas e desprendidas, distraindo os indivíduos para que não percebam as expressões sintomáticas que denunciariam suas posturas de severo crítico, policial e disciplinador de consciências.

Exigem e esperam obediência absoluta, são superpreocupados com exatidão, ordem e disciplina irritando-se com pequenos gestos que fujam aos padrões pré-estabelecidos.

A autêntica relação de ajuda entre as pessoas consiste em estimular a independência e a individualidade, nada se pedindo em troca. Ninguém deverá ter a pretensão de ser “salvador de almas”.

A compulsão de querer controlar a vida alheia é fruto de nosso orgulho.
O ser amadurecido tem a habilidade perceptiva de diagnosticar os processos pelos quais a evolução age em nós; portanto, não controla, mas sim coopera com o amor e a liberdade das leis naturais.

MEDO

A percepção é um atributo do espírito. Quanto maior o estado de consciência do indivíduo, maior será sua capacidade de perceber a vida, que não se limita apenas aos fragmentos de realidade, mas sim à realidade plena.

Colocar nossa atenção nas coisas da vida é fator importante para nosso desenvolvimento mental, emocional e espiritual, todavia, é necessário saber direcionar convenientemente nossa percepção e atenção no momento exato e para o lugar certo.

Quanto mais pensarmos e voltarmos nossa atenção para as calamidades e desastres, mais teremos a impressão de que o mundo está limitado à nossa pessoal maneira catastrófica de vê-lo e senti-lo.

Em muitas ocasiões, ficamos parados a margem do caminho, focalizando nossas dificuldades, conflitos e problemas, deixando a vida girar em torno deles. Colocamos nossos dilemas como peças centrais e, quando essas forças conflitantes começam a nos ameaçar, sentimo-nos apavorados.

O resultado do medo em nossas vidas será a perda do nosso poder de pensar e agir com espontaneidade, pois quem decidirá como e quando devemos atuar será a atmosfera do terror que nos envolve.

Aprendendo a focar e desfocar nossas crises traumas, medos, perdas e dificuldades, bem como os acontecimentos desastrosos do cotidiano – dando-lhes a devida importância e regulando o tempo necessário, a fim de analisa-los proveitosamente – teremos metas sempre adequadas e seguras que favorecerão nosso progresso espiritual. Não devemos jamais subestima-los ou ignora-los.

Lembremo-nos de que “a beleza não está somente nas flores do jardim, mas, antes de tudo, nos olhos de quem as admira”.

Modela e forma nossa “sombra” tudo aquilo que nós não admitimos ser, tudo o que não queremos descobrir dentro de nós, tudo que não queremos experimentar e tudo o que não reconhecemos como verdadeiro em nosso próprio caráter.

Por medo de sermos vistos como somos nossas relações ficam limitadas a um nível superficial.

Muitas criaturas tem medo de si mesmas. Desvendar, gradativamente, nossa “geografia interna”, nosso próprio padrão de carências e medos proporciona-nos uma base sólida de autoconfiança.

MÁGOA

Perdemos excelentes momentos de crescimento pessoal, queixando-nos cotidianamente de que estamos sendo ignorados e usados, porém nunca tomamos atitude alguma.

Deixamo-nos magoar pelos outros e acabamos (por que não dizer?) magoando também a nós mesmos. Reagimos às ofensas e ao desdém, experimentando sentimentos de frustração, negação, autopiedade, raiva e imensa mágoa.

Culpamos as pessoas pelos nossos sofrimentos, verbalizando as mais diversas condenações e, em seguida, esforçamo-nos exaustivamente para não ver que a origem de nossas dores morais é fruto de nossa negligência e comodismo.

O produto amargo de nossa infelicidade amorosa são nossas mágoas, resultado direto de nossas expectativas, que não se realizaram, sobre nós mesmos e sobre as outras pessoas.

Ao afirmarmos “Nunca ninguém conseguirá me magoar” não queremos dizer que não damos o devido valor aos nossos sentimentos, que não nos importamos com o mundo e que não valorizamos as criaturas com quem convivemos.

Querer não “sentir dor” pode dessensibilizar as comportas de nossos mais significativos sentimentos, inclusive atingindo de forma generalizada nossa capacidade de amar.

Muitas vezes queremos representar que possuímos uma segurança absoluta, quando, na realidade, todos nós somos vulneráveis de alguma forma.

Nosso estilo de vida, em muitas ocasiões, é ilógico e neurótico. O “querer viver” uma existência inteira desprovida de decepções e de ingratidão, com aceitação e consideração incondicionais, é desastrosamente irreal.

É profundamente irracional nutrir a crença de que nunca seremos traídos e de que sempre seremos amados e entendidos plenamente por todos.

Mágoa não elaborada se volta contra o interior da criatura, alojando-se em determinado órgão, desvitalizando-o. Mágoa se transforma com o tempo em rancor, exterminando gradativamente nosso interesse pela vida e desajustando-nos quanto ao seu significado maior.

DEPENDÊNCIA

A maioria das criaturas foi educada ouvindo fábulas e mitos do amor romântico.

Muitos acreditaram que o amor seria somente despertado por uma “varinha de condão” ou por  uma “flecha de cupido” que, ao toca-los, acordasse das profundezas de seu inconsciente um sentimento há muito tempo adormecido. Existem aqueles que, ingênuos, passam uma encarnação inteira esperando que essa “dádiva mágica” desabroche de repente entre a procura e a espera de um ser amado, pagando desesperadamente qualquer preço.

Compromissos de amor são válidos desde que aprendamos que a vida está em constante renovação. Assim como as pessoas passam por diversas transformações, também o amor que sentem pelos outros também se transforma.

Quanto mais observarmos os ciclos da vida, mais entenderemos as transformações que ocorrem em nossa intimidade, porque também nós somos vida.

Apenas desse modo ficaremos mais seguros e estáveis, em relação ao nosso desenvolvimento e amadurecimento afetivos.

A diferença fundamental entre amor e dependência é observada com clareza nas ações e comportamentos das criaturas. A dependência prende, possessivamente, uma pessoa à outra, enquanto o amor de fato incentiva a liberdade, a sinceridade e a naturalidade.

O dependente é caracterizado por demonstrar necessidade constante e por reclamar sistematicamente a atenção do outro.

Dependência gera dores na alma; já a liberdade para amar é um direito natural de todos os filhos de Deus.











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